O
Comitê Ana Alice está mais uma vez mobilizado para acompanhar o julgamento do
caso de outra vítima do vaqueiro Leônio Barbosa de Arruda, condenado no dia 18
de agosto deste ano a 34 anos de prisão pelo estupro e homicídio de Ana Alice
de Macedo Valentim, agricultora e militante do Polo da Borborema.
O
novo julgamento acontecerá na quinta-feira, dia 12 de novembro, às 8h, no Fórum
da Comarca de Queimadas e envolve o caso da quarta vítima do criminoso, a dona
de casa Antônia Rodrigues de Sousa Duarte, que sobreviveu à tentativa de
homicídio e reconheceu o agressor, sendo testemunha decisiva para a prisão do
criminoso.
O caso – Antônia sobreviveu ao
sequestro e à tentativa de homicídio praticados por Leônio no final de outubro
de 2012, quase dois meses após o desaparecimento de Ana Alice. Por volta das
17h, a dona de casa fazia uma caminhada na zona rural do município de Caturité,
a 16km de Queimadas, quando foi abordada pelo vaqueiro, à época com 22 anos,
que armado com uma espingarda calibre 12 a obrigou a entrar no veículo que
conduzia e, após mantê-la em seu poder por algumas horas, a agrediu
violentamente, chegando a amputar parcialmente a orelha direita da mulher,
fazendo-a perder os sentidos. Ao acreditar que sua vítima estava morta, ele a
jogou em um buraco de uma caixa d’água e fugiu.
Mesmo
gravemente ferida, na manhã do dia seguinte ela conseguiu sair do local onde
foi jogada para buscar ajuda. Foi graças à sua denúncia que o seu algoz foi
preso e acabou confessando ainda o estupro e assassinato de Ana Alice. O
criminoso indicou o local onde o corpo da jovem estava enterrado, pondo fim à
busca desesperada da família pelo paradeiro da adolescente.
Foi
graças à coragem de Antônia que este criminoso pode ser preso. “Não tenho ódio
por ele, porque o ódio não leva a nada. Tenho sim, o sentimento de justiça, de
querer que ele pague por todos os seus erros, porque um homem desses é um
perigo para a sociedade, eu tenho certeza de que ele não se recupera nunca”,
diz emocionada, Antônia.
Os
advogados Claudionor Vital Pereira, José Ricardo Pereira e Jairo de Oliveira
Souza, do Centro Popular de Assessoria Jurídica (CEPAJ), que atuaram como
assistentes da acusação no Caso Ana Alice, foram contratados pela família da
vítima para acompanhar também a acusação do caso Antônia. O promotor de justiça
Márcio Teixeira Albuquerque é o responsável pelo caso, o júri popular será
conduzido pelo Juiz Titular da 1ª Vara Mista de Queimadas, Antônio Gonçalves
Ribeiro Junior.
O
Comitê de Solidariedade Ana Alice foi formado por um conjunto de entidades de
defesa dos direitos das mulheres e de trabalhadores rurais que tem somado
esforços e se mobilizado no acompanhamento de casos de violência contra a
mulher e na cobrança firme às autoridades para que estes e outros crimes não
fiquem impunes. O Comitê já realizou mobilizações, caminhadas e protestos
exigindo justiça.
Fonte: Portal
Correio



Justiça seja feita,e qui sua condenação atenue a dor das famílias vítimas deste monstro
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