Nascida na capital da Paraíba, João
Pessoa, onde mora até hoje, não teve a infância de aprendizagem e lazer que
gostaria. Abandonou os estudos aos 13 anos para trabalhar. “Precisei parar no 4º
ano da escola para ajudar meus pais dentro de casa”, conta.
Aos 19 anos, casou-se e teve dois
filhos com Ivan Gaspar, pintor da indústria em que trabalhava. Preocupada em
fornecer o básico para família, Maria José passava do seu horário de trabalho,
quase todos os dias, para garantir uma renda extra no fim do mês. “Tinha dias
que eu dormia no emprego, saía de casa às 6 da manhã e voltava às 18 horas do
dia seguinte”, recorda-se.
Após muitos anos de sofrimento, ela
acreditava que estava preparada para todos os desafios que pudessem aparecer em
sua vida, até o dia que recebeu a notícia da morte de seu filho mais velho. “É
uma dor muito grande. Nunca imaginava que ia passar por isso na minha vida”,
conta, emocionada.
Sem o filho, que ajudava a
sustentar a família, Maria José chegou a acreditar que essa prova seria
impossível de passar: “Chorava dia e noite sem saber o que fazer, só vinham
pensamentos ruins. Pensei até em desistir”. Mas ainda restava esperança. Não
imaginava que a solução podia estar tão próxima. Ao comentar com a vizinha
sobre o seu problema, foi orientada a procurar a Legião da Boa Vontade. Na
Instituição, encontrou motivos para não desistir. “Pedia a Deus todos os dias
que iluminasse [meu caminho para encontrar] um lugar que eu pudesse frequentar,
para tirar esses pensamentos ruins da minha cabeça, e Ele mostrou a LBV”,
exalta.
Integrante do programa Vida Plena, onde participa de atividades
que respeitam e valorizam suas experiências, a avó também conta com a entidade
atendendo sua neta mais nova, Luana, de 10 anos, por meio do programa Criança:
Futuro no Presente!, que oferece um ambiente saudável e seguro, onde promove a
participação, o diálogo, a autonomia e a busca por conhecimento. “A Luana
brigava muito com os irmãos dentro de casa. Depois que entrou na LBV, ficou
mais calma, os respeita mais, e ouve os meus conselhos”, destaca.
Participante ativa das oficinas
culturais de dança, canto e musicalização, no Centro Comunitário da LBV, ela já
percebeu as mudanças para melhor. “Eu não me sinto mais uma pessoa velha, me
sinto uma jovem na melhor idade”, garante.
Responsável pelos projetos de dança
do grupo da terceira idade, a educadora social Jaciara Xavier ressalta a
mudança na autoestima de Maria José: “A evolução dela é visível. Só vive com
sorriso no rosto, sempre de bom humor”.
De acordo com a assistente social
da LBV Janielen Cavalcante: “O idoso é valorizado considerando sua história de
vida e identificando oportunidades para que vivenciem a terceira idade de forma
saudável e feliz. O acolhimento, a amizade, a atenção e o cuidado são
essenciais para garantir que eles sejam respeitados, tenham seus direitos
garantidos, a presença da família, quando possível, e o acompanhamento de
profissionais capacitados”.
Satisfeita, dona Maria José faz
questão de compartilhar a alegria de fazer parte do grupo da melhor idade: “A
LBV pra mim é uma família, está sempre presente na minha vida. Quando estou
fraca, chego aqui e as educadoras me chamam pra conversar, me abraçam, dizem
que estão aqui pra me ajudar, e logo me recupero”.
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Jean Carlos

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