Ato que aconteceu em mais 8 cidades da PB é
contrário à decisão do STF, que proibiu a atividade no Ceará. Doda é o autor da
lei estadual nº 10.428 que regulamenta a prática da vaquejada como esporte na
Paraíba.
O Deputado Doda de Tião se juntou a vaqueiros
e de trabalhadores de vaquejada na manhã desta terça-feira (11/10) em protesto
contra a decisão do STF, que proibiu a vaquejada no estado do Ceará. Atos
aconteceram pela manhã na Capital paraibana, em Campina Grande, Patos, Serra Branca, Sousa,
Sumé, Cajazeiras, Pombal e Princesa Isabel.
Entre Queimadas e Campina
O protesto aconteceu no bairro Ligeiro entre
Queimadas e Campina Grande, em frente ao Parque de Exposições Carlos
Pessoa Filho, começando por volta das 09h30, segundo a organização, o ato
contou com cerca de 400 pessoas e 150 cavalos. A rodovia federal BR104 foi
fechada pelos manifestantes por volta das 10h30, sendo liberado o trânsito às
11h com o encerramento do ato.
O deputado Doda de Tião é um apoiador da
competição, sua defesa pela manutenção da vaquejada ficou marcada na proposição
do projeto que virou a lei estadual nº 10.428, regulamentando a prática da
vaquejada como esporte na Paraíba. Segundo Doda, a prática faz parte da cultura
nordestina.
“A vaquejada, antes de tudo, é uma atividade
cultural, cultura essa arraigada no sangue e nas famílias dos nordestinos, dos
sertanejos. Cultura que remonta aos antigos vaqueiros que buscavam o gado no
campo. Com o passar do tempo, foi sendo profissionalizada e organizada”,
avaliou. Um grupo de mulheres que também apoiam a realização de vaquejadas
esteve presente na manifestação.
Grande
manifestação na Capital
Na capital, o protesto começou às 9h na Praça
da Independência, no Centro. Segundo a organização, mais de 300
cavalos e mais de 500 pessoas participaram do ato. Por volta das 9h50, o
grupo saiu em cavalgada ocupando uma das faixas da avenida em direção à
Assembleia Legislativa, na Praça João Pessoa, onde chegou às 10h50.
Participaram da cavalgada vaqueiros locutores, juízes de vaquejada, artesãos
de equipamento de couro e ferro, e médicos veterinários que atuam no ramo.
Decisão do STF
Na última quinta-feira (6), o Supremo considerou que a atividade causa sofrimento aos animais e derrubou a lei que regulamentava a vaquejada no estado. Apesar de se referir ao Ceará, a decisão servirá de referência para todo o país, sujeitando os organizadores a punição por crime ambiental de maus-tratos a animais.
De acordo com o regulamento geral da
Associação Brasileira de Vaquejada, o conceito de vaquejada é "uma
ativiade recreativa-competitiva, com características de esporte, no qual dois
vaqueiros têm o objetivo de alcançar e emparelhar o boi entre os cavalos,
conduzí-lo até o local indicado, onde o animal deve ser derrubado".
O regulamento tem uma seção específica sobre
condutas proibidas, que incluem bater no animal, tocar sua face e apoiar-se em
seu lombo. "O boi é intocável, salvo para evitar a queda do
vaqueiro",diz o documento. Também é proibido açoitar, esporear ou puxar as
rédeas e freios para machucar o animal.
Caso algum outro estado tenha legalizado a
prática, outras ações poderão ser apresentadas ao STF para derrubar a
regulamentação.
Para o diretor de Planejamento da Associação
Brasileira de Vaquejada, Leon Freire, o vaqueiro nordestino se mobilizou contra
a decisão equivocada do STF, que coloca mais de 600 mil pessoas com empregos
diretos e indiretos na marginalidade.
“Essa decisão tenta nos comparar com
criminosos. Nós defendemos uma vaquejada legal e praticamos isso com base na
norma que protege os bois e os cavalos”, disse.
Queimadas Acontece
Lamartinne Miranda


BREVE ANALISE ACERCA DA DECISÃO DA SUPREMA CORTE NA ADI 4983
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